Uberlândia, cidade onde moro e mantenho a base dos meus negócios, é a segunda maior cidade de Minas Gerais e em nível nacional ostenta alguns dados interessantes. Em cidades com mais de 100 mil habitantes, é a quarta melhor do Brasil e primeira do estado para se viver, está entre as 10 mais seguras, tem a melhor atenção primária na Saúde e ocupa a 4ª posição em atendimento pré-natal. Uberlândia também tem sido reconhecida como uma das cidades mais inteligentes do Brasil e, conforme o Ranking Connected Smart Cities de 2024, ocupa o 44º lugar. E é disso que quero falar, de cidades inteligentes, o conceito e quais as características.
Antes quero explicar sobre Ranking Connected Smart Ciities, que foi criado com o objetivo de mapear as cidades com maior potencial de desenvolvimento no Brasil, por meio de indicadores que retratam inteligência, conexão e sustentabilidade. Em sua 10ª e última edição, foram premiadas as cidades mais inteligentes do Brasil. Na pesquisa foram analisados 74 indicadores e 11 eixos de 656 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes. Os eixos pesquisados foram Urbanismo, Economia, Educação, Energia, Empreendedorismo, Governança, Mobilidade, Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Tecnologia e Inovação.
Sem entrar em muitos detalhes, para composição do ranking 2024 das cidades inteligentes a metodologia usada considera o máximo de 67 pontos para cada uma delas analisada. Diante dos dados apurados, as primeiras cidades brasileiras com melhor desempenho ainda estão só um pouco acima da metade do total de pontos que poderiam atingir, o que mostra que existe boa margem para melhoraria dos índices pesquisados. As dez melhores cidades brasileiras classificadas foram, pela ordem de primeira para a decima, Florianópolis (SC) com 37,525 pontos, Vitória (ES) com 37,513, São Paulo (SP) 36,828, Curitiba (PR) 36,808, Niterói (RJ) 36,765, Balneário Camboriú (SC) 36,699, São Caetano do Sul (SP) 36,164, Belo Horizonte (MG) 35,705, Barueri (SP) 35,579 e Salvador (BA) 35,364. Uberlândia aparece na 44ª posição com 31,759 pontos.
Acrescento que, no Brasil assim como por toda a América Latina e Caribe, os projetos de cidades inteligentes ainda estão em estágio inicial e assumem a forma de iniciativas um tanto isoladas. Embora à primeira vista isso possa parecer um problema, é uma oportunidade, pois nos permite aprender com os sucessos, e também com os erros, de outras regiões onde esses tipos de projetos estão mais avançados, como no continente europeu.
Agora, passo às explicações iniciais sobre conceito e características das cidades inteligentes.
Cidade inteligente é aquela integra tecnologias digitais em suas redes, serviços e infraestrutura, tornando-a mais eficiente e habitável. Ao coletar, analisar e utilizar dados de sensores, dispositivos e informações dos cidadãos, uma cidade inteligente pode aprimorar suas operações, serviços e processos de tomada de decisão, melhorando, em última análise, a qualidade de vida de seus moradores.
Em outras palavras, cidades inteligentes são uma solução eficiente que busca o equilíbrio entre pessoas, instituições, tecnologia e sustentabilidade. Por meio de uma abordagem integrada e holística, as cidades inteligentes visam reduzir o impacto ambiental, aumentar a competitividade econômica, garantir a segurança de todos os cidadãos e promover a transparência na governança.
Quanto às características, os principais pilares das cidades inteligentes incluem eficiência, interconectividade, segurança e sustentabilidade que se materializam por meio de:
Transparência de dados - Uma cidade tecnológica envolve a gestão massiva de dados, o que requer uma administração digital, aberta e transparente, com a participação ativa dos cidadãos. Para isso, serviços ao cidadão, acessibilidade aos dados e uma política transparente são fundamentais.
Redes inteligentes e geração distribuída de eletricidade - As redes inteligentes proporcionam uma resposta rápida e eficaz às flutuações da demanda e da produção de energia. Graças à geração distribuída de eletricidade, os circuitos estão em constante comunicação, possibilitando o monitoramento constante do consumo de energia, o que resulta em uma melhoria na qualidade do serviço.
Gestão inteligente de resíduos - O crescimento populacional significará um aumento na geração de resíduos, portanto, um sistema alinhado aos objetivos e necessidades de uma cidade inteligente será necessário para gerenciá-los. Usando a tecnologia, podemos ativar diferentes mecanismos, como sensores inteligentes que medem o sistema de abastecimento e métodos para planejar rotas acessíveis para os cidadãos.
Gestão econômica eficiente - A criação de cidades inteligentes gera novas oportunidades de negócios e aumenta a produtividade, a fabricação de produtos e a prestação de serviços. Dessa forma, aumenta o emprego, favorecendo a coesão social e territorial.
Segurança e proteção - Dispositivos tecnológicos podem garantir a segurança pública por meio da instalação de câmeras, sensores e outros sistemas de proteção por vídeo. Além disso, a segurança cibernética pode ser reforçada para proteger o gerenciamento e a troca de informações.
Usando TIC - As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) se constituem na espinha dorsal das cidades inteligentes, pois conectam estrategicamente todos os elementos e melhoram a eficiência de bens e serviços, o que leva ao desenvolvimento econômico, social e sustentável.
Diante disso, considero fundamental que todos nós cidadãos nos integremos ao processo, que sejamos aliados da administração púbica para alçarmos as nossas cidades ao patamar mais alto no ranking de cidades inteligentes. Precisamos entender o processo e interagir.
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